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Para ser jornalista precisa de faculdade? No Brasil, a questão sobre a necessidade de diploma para exercer a profissão de jornalista foi amplamente debatida e resultou em uma decisão importante do Supremo Tribunal Federal (STF). 

Por 8 votos a 1, os ministros do STF decidiram, em uma sessão, que o diploma de jornalismo não é obrigatório para exercer a profissão. Esta decisão marcou um ponto de virada significativo na regulamentação da profissão jornalística no país.

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O voto do relator, ministro Gilmar Mendes, foi fundamental nessa decisão. Ele argumentou que os danos causados por reportagens inverídicas ou problemas éticos na profissão de jornalista não são necessariamente evitados pela formação acadêmica. 

Mendes destacou que o decreto-lei 972/69, que anteriormente regulamentava a profissão exigindo diploma, tinha origem no regime militar e visava controlar e limitar o acesso à profissão, especialmente para intelectuais e políticos contrários ao regime.

A decisão do STF não significa, contudo, o desprezo pela formação em jornalismo. O ministro Mendes ressaltou a importância do preparo técnico oferecido pelos cursos superiores de jornalismo, comparando-os a cursos de outras áreas como culinária ou moda, onde o diploma não é um requisito básico, mas a formação é valorizada. 

Além disso, Mendes enfatizou que as empresas de comunicação têm autonomia para definir seus próprios critérios de contratação, incluindo a exigência do diploma, se assim desejarem.

Outros ministros, como Ricardo Lewandowski e Carlos Ayres Britto, apoiaram a ideia de que a exigência do diploma representava uma forma de censura e um resquício do regime militar, destacando que o jornalismo pode ser exercido por aqueles que se profissionalizam na carreira ou por pessoas com habilidades naturais para a escrita e observação.

O ministro Celso de Mello ressaltou que a livre comunicação de ideias é fundamental para uma sociedade democrática e que restrições à profissão, mesmo que indiretas, como a obrigatoriedade do diploma, deveriam ser combatidas. 

Por outro lado, o único voto contrário, do ministro Marco Aurélio, defendeu a necessidade de uma formação básica para jornalistas, enfatizando a relevância das técnicas jornalísticas para a profissão.

Essa decisão do STF reflete uma visão mais aberta sobre a prática do jornalismo, reconhecendo que a habilidade jornalística pode ser adquirida de diversas formas, não estando restrita apenas aos bancos acadêmicos. 

Contudo, a formação em jornalismo continua sendo um caminho valorizado para aqueles que buscam uma base sólida de conhecimentos e técnicas específicas da área. A decisão também destaca a responsabilidade individual dos jornalistas em manter padrões éticos e de qualidade, independentemente de sua formação acadêmica.

O que é necessário para se tornar um jornalista?

Para se tornar um jornalista, vários elementos são importantes, abrangendo desde habilidades pessoais até formação e experiência. 

Separamos alguns aspectos a serem observados:

  • Habilidades de escrita e comunicação: Fundamentalmente, um jornalista deve ter excelentes habilidades de escrita e comunicação. Dessa forma, inclui a capacidade de escrever de forma clara, concisa e envolvente, além de habilidades verbais para entrevistas e reportagens.
  • Curiosidade e pesquisa: Um bom jornalista é naturalmente curioso e possui habilidades de pesquisa aprofundadas. É necessário investigar os fatos, buscar fontes confiáveis e entender profundamente os temas abordados.
  • Integridade e ética: A ética jornalística é fundamental. Jornalistas devem se comprometer com a verdade, a imparcialidade e a responsabilidade em suas reportagens, respeitando os padrões éticos da profissão.
  • Adaptação e aprendizado contínuo: O jornalismo é um campo dinâmico, com mudanças constantes em tecnologias e tendências. A capacidade de se adaptar e aprender continuamente é vital.
  • Conhecimento de mídias sociais e tecnologias digitais: Com o avanço da tecnologia, os jornalistas devem ser proficientes em mídias sociais e plataformas digitais, além de entender como essas ferramentas influenciam a disseminação de notícias.
  • Experiência prática: A experiência pode ser adquirida por meio de estágios, trabalho em jornais escolares ou universitários, ou contribuições para blogs e plataformas de mídia. 
  • Formação acadêmica: Embora não seja estritamente necessário ter um diploma em jornalismo, muitos jornalistas optam por uma formação acadêmica na área ou em campos relacionados, como comunicação, artes liberais ou ciências políticas, para obter uma base sólida de conhecimentos.

É possível ser jornalista sem faculdade?

Sim, é possível se tornar jornalista sem um diploma de faculdade. A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) no Brasil, que determinou que o diploma de jornalismo não é obrigatório para exercer a profissão, abriu portas para que indivíduos sem formação acadêmica específica na área possam seguir a carreira jornalística. 

No entanto, apesar da não obrigatoriedade do diploma, existem outros fatores a considerar.

Aqueles que desejam entrar no jornalismo sem um diploma devem se concentrar no desenvolvimento independente de habilidades essenciais, como escrita, pesquisa, entrevista e ética jornalística.

Ganhar experiência prática é ainda mais importante para jornalistas sem formação formal. Isso pode ser feito através de estágios, trabalho voluntário em publicações locais, blogs, ou contribuições para mídias digitais.

Existem inúmeros recursos disponíveis online, incluindo cursos gratuitos ou pagos, que podem ajudar a desenvolver habilidades jornalísticas.

Construir uma rede de contatos no campo do jornalismo e desenvolver um portfólio sólido é essencial para demonstrar habilidades e experiência.

Jornalistas sem diploma precisam trabalhar mais para estabelecer sua credibilidade e serem reconhecidos como profissionais da área. Isso pode ser alcançado através da consistência na qualidade do trabalho e da manutenção de altos padrões éticos.

Enfim! Embora um diploma em jornalismo possa fornecer uma base teórica e prática valiosa, a decisão do STF reconhece que habilidades e experiências equivalentes também podem preparar indivíduos para a carreira jornalística.  

Quantos anos de faculdade para ser jornalista?

O curso de jornalismo, geralmente oferecido como um curso de graduação em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo, dura em média quatro anos no Brasil. 

Durante este período, os estudantes são imersos em uma  variedade de disciplinas que abrangem desde fundamentos teóricos da comunicação e do jornalismo até práticas de redação, reportagem, edição e produção em diferentes meios – impresso, digital, televisão e rádio.

O currículo do curso é projetado para fornecer aos alunos um entendimento aprofundado do papel da mídia na sociedade, além de habilidades práticas essenciais para a profissão. 

Os estudantes aprendem sobre ética jornalística, direito da comunicação, história da mídia, além de técnicas de pesquisa e entrevista. Frequentemente, o curso também inclui módulos sobre jornalismo digital e novas tecnologias de mídia, refletindo as mudanças no panorama da comunicação.

Além das aulas teóricas, muitos cursos de jornalismo oferecem experiências práticas por meio de laboratórios de jornalismo, jornais-escola, estágios e projetos de conclusão de curso. Essas experiências servem para o desenvolvimento de habilidades práticas e para a construção de um portfólio.

Como ser jornalista sem diploma?

Embora um diploma em jornalismo forneça uma formação abrangente e seja um caminho tradicional para a carreira, é possível tornar-se jornalista sem um diploma formal na área. 

Algumas dicas:

  1. Desenvolva habilidades de jornalismo: Independentemente de um diploma, as habilidades essenciais de jornalismo – como escrita clara e concisa, capacidade de pesquisa, entrevista e entendimento dos princípios éticos – são fundamentais. Essas habilidades podem ser desenvolvidas por meio de cursos online, workshops, leituras especializadas e prática constante.
  2. Ganhe experiência prática: A experiência prática é outro ponto de peso. Incluindo, assim, trabalhar para jornais locais, revistas, estações de rádio ou canais de TV, contribuir para blogs e publicações online, ou realizar trabalhos de jornalismo freelancer.
  3. Construa um portfólio sólido: Um portfólio bem-elaborado, que demonstre suas habilidades e experiência em jornalismo. Inclua uma variedade de trabalhos, como artigos escritos, reportagens, entrevistas e outros conteúdos relevantes.
  4. Aprenda continuamente: O jornalismo é uma área que está em constante evolução. Mantenha-se atualizado sobre as tendências da mídia, novas tecnologias e práticas emergentes na área.
  5. Networking: Estabelecer uma rede de contatos profissionais é vital. Participe de eventos, conferências e workshops de jornalismo, e interaja com profissionais da área para construir relações e abrir oportunidades de trabalho.
  6. Utilize plataformas de mídia social e blogs: Criar um blog ou usar plataformas de mídia social para publicar seu trabalho pode ajudar a estabelecer sua presença online e mostrar suas habilidades para um público mais amplo.
  7. Esteja aberto a diferentes oportunidades: O jornalismo não se limita apenas a notícias e reportagens; há oportunidades em áreas como jornalismo de dados, produção de conteúdo multimídia, jornalismo investigativo, entre outras.
  8. Compromisso com a ética e a qualidade: Mantenha um alto padrão de ética e qualidade em seu trabalho. A credibilidade é um aspecto central do jornalismo, independentemente de se ter um diploma.

É difícil conseguir emprego como jornalista?

Conseguir emprego como jornalista nem sempre é uma tarefa fácil, especialmente em um mercado em constante mudança e altamente competitivo. 

A dificuldade varia conforme a localização geográfica, a situação econômica, o tipo de jornalismo e a presença de uma rede de contatos profissionais. 

A indústria da mídia tem enfrentado transformações significativas com o avanço da tecnologia digital. Dessa forma, resultou em uma diminuição dos empregos tradicionais em jornais impressos e emissoras, mas ao mesmo tempo abriu novas oportunidades em plataformas digitais, podcasts e outras formas de mídia online.

O jornalismo é uma carreira altamente desejada, o que significa que muitas vezes há mais candidatos do que vagas disponíveis, especialmente em grandes veículos de comunicação e em posições de alto perfil.

Ter uma boa rede de contatos é muito importante no jornalismo. Muitas oportunidades de emprego surgem através de contatos profissionais ou recomendações.

Ter um portfólio e experiência prática, seja através de estágios, freelancing ou trabalhos voluntários, é essencial para se destacar no mercado.

Jornalistas dispostos a trabalhar em diferentes áreas do jornalismo ou a se realocar geograficamente podem ter mais oportunidades.

Jornalistas com especialização em áreas específicas, como jornalismo de dados ou multimídia, encontram mais oportunidades devido à demanda por essas habilidades específicas.

Quais são as áreas de Jornalismo?

O jornalismo oferece uma variedade de áreas de especialização, cada uma com suas características e demandas. 

Algumas das principais áreas incluem:

  1. Jornalismo impresso: Trabalhar em jornais e revistas, envolvendo a cobertura de uma variedade de tópicos, desde notícias locais até assuntos internacionais.
  2. Jornalismo televisivo e radiofônico: Inclui trabalhar em noticiários de TV e programas de rádio, abrangendo funções como reportagem, ancoragem e produção.
  3. Jornalismo online: Redação e edição de notícias para websites e plataformas digitais, que pode envolver multimídia, como vídeo e áudio.
  4. Jornalismo investigativo: Focando em investigações profundas sobre tópicos complexos, muitas vezes revelando corrupção ou injustiças.
  5. Jornalismo de dados: Envolve a análise e interpretação de grandes volumes de dados para criar reportagens informativas e visualizações de dados.
  6. Fotojornalismo: Captura de imagens fotográficas para contar histórias e complementar reportagens.
  7. Jornalismo esportivo: Cobertura de eventos esportivos, entrevistas com atletas e análise de jogos e competições.
  8. Jornalismo de moda: Especialização em moda, cobrindo tendências, eventos e desfiles, entrevistando designers e figuras da indústria.
  9. Jornalismo político: Cobertura de políticas, eleições, e atividades governamentais.
  10. Jornalismo cultural: Focado em artes, entretenimento, literatura e eventos culturais.
  11. Jornalismo ambiental: Dedicado a temas relacionados ao meio ambiente, sustentabilidade e mudanças climáticas.

Cada uma dessas áreas requer habilidades e conhecimentos, oferecendo diferentes tipos de oportunidades de carreira. 

Jornalistas muitas vezes começam com uma base generalista e, ao longo do tempo, podem se especializar em um campo específico que corresponda aos seus interesses e habilidades.

 A escolha da especialização dependerá de fatores como paixão pessoal, demanda de mercado e oportunidades de emprego disponíveis.

Enfim, tem mais alguma dúvida se para ser jornalista precisa de faculdade?